Uma neoplasia (tumor) é uma neoformação patológica de células que podem ser benignas ou malignas. As neoplasias malignas, ou cancros, são neoformações que têm um crescimento anormal, descontrolado, que não respeitam os padrões habituais de proliferação e diferenciação celular.

Em conjunto com a neoplasia do cólon, constitui a neoplasia maligna mais frequente em ambos os sexos, com uma taxa de incidência global de 70,3/100.000 habitantes. A maioria dos casos surge entre os 50 e os 80 anos, sendo muito rara abaixo dos 40 anos (habitualmente associada a cancro colorretal hereditário).

A obesidade, a diabetes, o consumo de álcool e de carnes vermelhas e processadas são fatores de risco associados ao cancro colorretal. A realização de exercício físico, a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas, bem como de carnes vermelhas, o consumo de frutas e vegetais e a cessação tabágica são de extrema importância na prevenção primária do cancro colorretal.

Após o diagnostico de neoplasia do reto, deve ser encaminhado para uma equipa multidisciplinar com experiência no tratamento desta patologia. Junto desta equipa irá concluir o estudo e ser-lhe-á proposta uma estratégia terapêutica.

Depois de realizados os exames solicitados, é feita uma avaliação multidisciplinar com vários profissionais com experiência na abordagem desta patologia. Nesta consulta (não presencial) estão presentes as seguintes especialidades: Anatomia Patológica, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Oncologia, Radiologia, Radioterapia. Da análise conjunta sairá́ uma proposta de tratamento que será́ explicada ao doente.

A proposta do tratamento tem em vista dois pontos chave: a intenção curativa ou a intenção paliativa (em que o objetivo é proporcionar a maior qualidade de vida possível).

A equipa multidisciplinar do Centro de Referência, está focada no diagnóstico, estadiamento e tratamento de doença oncológica do cólon e do reto, sendo reconhecida pela DGS como Centro de Referência para o tratamento do cancro do reto.

É composta por diferentes profissionais com elevada diferenciação e de vários serviços (Cirurgia Geral, Oncologia, Gastrenterologia, Radiologia, Anatomia patológica, Radio-oncologia, Anestesia, Nutrição, Enfermagem).

Desenvolve a sua atividade clínica em conjunto nas duas Unidades Hospitalares (Faro e Portimão), realizando um amplo conjunto de serviços: consultas, exames complementares de diagnóstico e tratamentos. Adicionalmente, esta equipa promove conferências de decisão terapêutica que garantem o melhor tratamento da doença.

Principais passos do processo

Na primeira consulta é efetuada uma avaliação clínica completa e agendados exames complementares para confirmação e avaliação da extensão da doença.

Após a realização destes exames, será́ efetuada uma conferência de decisão terapêutica multidisciplinar (reunião de grupo envolvendo todas as especialidades para discussão individual de cada caso). É nesta reunião que será́ feita a proposta para o seu plano de tratamento.

O tratamento pode ser complexo e moroso, e envolver vários tipos de tratamentos (Cirurgia, Quimioterapia, Radioterapia) realizados de forma individual ou sequencial.

Tempos de resposta (média)

Para 1ª Consulta: 12 dias
Para conferência de decisão: 20 dias
Para início de tratamento: 29 dias

Consulta Inicial

Esta consulta será agendada com a maior brevidade possível (menos de duas semanas). No dia da consulta será́ avaliado pela Enfermeira da equipa. E sempre que necessário pode ser avaliado também pela Nutricionista no próprio dia.

Objectivos:

• Fazer a primeira orientação do utente;
• Realizar colheita de dados (história pessoal e familiar do utente);
• Recolher exames e relatórios de exames realizados no exterior;
• Pedir os exames em falta para concluir o processo de confirmação e/ou estadiamento;
• Identificar o risco familiar.

Papel da equipa:

• Proporcionar a informação adequada ao utente/família;
• Identificar os problemas/necessidades do utente/família;
• Desmistificar a patologia e o processo terapêutico;
• Esclarecer dúvidas para melhorar a aceitação do processo terapêutico;
• Facilitar a articulação entre o utente/família e a equipa multidisciplinar;
• Dar a conhecer todos os circuitos do processo terapêutico;
• Assegurar que cada utente tem o processo completo antes da consulta de decisão terapêutica.