As outras opções de tratamento são a Quimioterapia e a Radioterapia em conjunto ou isoladas.

Quando estas opções são realizadas antes da intervenção cirúrgica denomina-se terapêuticas neoadjuvantes. Têm como objetivo reduzir o tamanho do tumor para permitir uma cirurgia mais segura, eficaz e/ou menos mutilante.

Quando estas opções terapêuticas são realizadas após a cirurgia, denominam-se terapêuticas adjuvantes. Neste caso têm como objetivo diminuir a probabilidade de o tumor voltar a aparecer ou recidivar.

Sim. Cerca de 50 a 60% dos doentes submetidos a tratamento neoadjuvante, apresentam um downstaging tumoral (diminuição do tamanho), e aproximadamente 20% apresentam uma resposta clínica completa (desaparecimento do tumor).

Nos casos em que se observa uma resposta completa com os tratamentos de quimioterapia e radioterapia, sobretudo quando o tumor é de localização mais baixa (1/3 distal do reto), a equipa multidisciplinar pode considerar viável que o doente não tenha necessidade de ser operado. Neste caso, passa a ser seguido através de um protocolo de vigilâncias apertadas, decidido em conjunto com o doente. Este protocolo é denominado “Watch and Wait”. É importante que o doente compreenda que, se nestas vigilâncias o tumor voltar a crescer (regrowth), a cirurgia passa novamente a poder estar indicada.

A quimioterapia é um tratamento médico que utiliza medicamentos específicos – em forma de comprimidos, injeções ou soros – com a finalidade de destruir as células tumorais, impedindo a sua multiplicação, de forma a parar o desenvolvimento do tumor ou até mesmo fazê-las desaparecer. O oncologista decide em conjunto com o paciente, numa consulta, qual o método a seguir. Desta forma, os medicamentos utilizados serão os mais eficazes para combater a doença mas tendo em consideração não só os riscos/benefícios como o atual estado de saúde do doente. A quimioterapia não é dolorosa e não é igual para todos os doentes, a sua dose depende do peso e da altura da pessoa. Durante o tratamento, não precisa ficar internado, o que significa que virá frequentemente ao Hospital de Dia de Oncologia, onde são realizadas consultas de reavaliação com análises de sangue de controlo, de forma a monitorizar os eventuais efeitos secundários.

A radioterapia consiste num tratamento local efetuado através de radiações emitidas externamente sobre o tumor, com finalidade curativa ou paliativa, que normalmente é realizado diariamente, durante algumas semanas. Atua preferencialmente sobre as células que se multiplicam e crescem mais rapidamente, o que acontece com as células tumorais comparativamente às células normais do organismo. Por outo lado, a capacidade das células normais para recuperar dos efeitos da radioterapia é superior à das células tumorais. Nas doenças oncológicas, pode ser o único tratamento usado, ou pode ser associada, em simultâneo ou não, a outras formas de tratamento, como a quimioterapia ou a cirurgia.